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Aos nossos pés – Mulheres e sapatos, sem dúvida, um caso de amor eterno…

Mulheres e sapatos, sem dúvida, um caso de amor eterno…

Uma bela sandália por si só não traz felicidade, mas eleva a auto-estima de qualquer gata borralheira à Cinderela em segundos. Mulheres amam sapatos e sabem o poder que um salto agulha tem. O mais valioso dos acessórios é peça-chave para compor um visual que se pretende esportivo, sexy, chique ou despojado. Uma simples veste do dia-a-dia, por exemplo, pode se transformar num look arrasa-quarteirão, se combinado com o modelo certo. Ícone fashion, objeto de desejo e arma implacável de sedução. Por estas e outras, no nosso guarda-roupa, há sempre lugar para mais uma paixão, ou melhor, mais um par.

Você pode até achar que está precisando de uma T-shirt branca básica. Mas as chances de sair do shopping com um novo sapato na sacola é provavelmente bem maior. Uma pesquisa feita pelo site Chic mostrou que as brasileiras não abrem mão mesmo é de ter várias opções na sapateira. Durante os meses de junho e julho deste ano, 1.291 mulheres responderam ao site sobre o que tinham em seu guarda-roupa. Entre calças, blusinhas, saias e vestidos, os sapatos foram considerados a peça indispensável no armário: 53% disseram que têm mais de 16 pares guardados.

Pode levar a bolsa, o anel, o relógio, mas deixa meu Manolo Blahnik
E não faltam boas razões para o sucesso do acessório com ambos os sexos. O salto alto deixa a mulher com maior estatura e, aparentemente, mais magra. É sinônimo de elegância e, aos olhos deles, de sensualidade. E o mais importante: os sapatos são sempre democráticos. Não importa se a mulher tem as medidas perfeitas ou se ganhou uns centímetros a mais nos últimos meses. Os mesmos sapatos ficarão lindos tanto nos pés de atrizes de Hollywood quanto nos de simples mortais.
Paixão histórica

A paixão pelos sapatos, que acomete todas as mulheres, em maior ou menor grau, inspirou a italiana Paola Jacobbi, filha de brasileira e jornalista da revista Vanity Fair, a escrever o livro Eu Quero Aquele Sapato, lançado pela editora Objetiva no Brasil. Depois de extensa pesquisa e dezenas de entrevistas, ela se surpreendeu ao descobrir que o mentor do salto alto foi, na verdade, um homem. Luís XIV, rei da França entre 1643 e 1715, por ser muito baixo, mandou que fossem confeccionados modelos com salto.

A mania de sapatos pode ser generalizada, mas foi Imelda Marcos, a ex-primeira dama das Filipinas, quem entrou para a história como a maior colecionadora de sapatos do mundo. Durante o governo de seu marido, Ferdinand Marcos, ela se tornou conhecida por correr o planeta atrás de modelos novos, enquanto milhões de pessoas em seu país viviam em extrema pobreza. A coleção de Imelda chegou a ser estimada em três mil pares. O que ela nega com veemência. Diz que eram “apenas 1060″. Em 2001, Imelda abriu um museu na cidade de Marikina, para mostrar, claro, seus sapatos. No local, foram expostos centenas de modelos, como alguns dos que foram deixados no palácio presidencial quando Imelda e Ferdinand tiveram de fugir das Filipinas em 1986.
Pisando na calçada da fama

Muitos sapatos se tornaram famosos depois de calçarem alguns dos pés mais cobiçados do planeta. O salto agulha virou símbolo máximo de sensualidade após ser adotado por Marilyn Monroe. Fã do sapato alto, ela declarou: ”Não sei quem inventou o salto alto, mas todos os homens devem muito a ele”. Junto com vestidos decotados e esvoaçantes, os sapatos eram considerados armas de sedução para uma dos maiores sexy symbols de todos os tempos.

Mais discreta, mas não menos desejada, a bonequinha de luxo, Audrey Hepburn, alçou as modestas sapatilhas ao estrelato no mundo fashion. Sempre elegante e dotada de 1,75 metros de altura, o salto alto realmente não era acessório necessário para ela. Desenhadas pelo designer Salvatore Ferragamo, o modelo usado por Audrey entraram de vez para a lista dos sapatos mais famosos do mundo. Em alta novamente, há muitas opções nas vitrines por aí. Práticas e confortáveis, é preciso apenas ter cuidado na hora de escolhê-las para um look mais elaborado. Outra diva do cinema, Catherine Deneuve, imortalizou o modelo preto baixo, com fivela prata, ao usá-lo no filme “Bela da Tarde”. O sapato foi criado por Roger Vivier para Yves Saint-Laurent, que assinou o figurino da produção.

Um dos mais badalados designers da atualidade, o espanhol Manolo Blahnik, viu seus sapatos virarem mania nos Estados Unidos, após serem adotados pela personagem Carrie, do seriado “Sex and the City”, interpretada pela atriz Sarah Jessica Parker. Chiquérrima, em seu armário não faltavam modelos Dior, Gucci e Dolce & Gabbana, mas sua verdadeira obsessão eram mesmo os tais sapatos Manolo Blahnik. Na vida real, Sara Jessica Parker se mostrou igualmente maníaca pelas sandálias desenhadas pelo espanhol. Durante um assalto, implorou ao ladrão: “Pode levar a bolsa, o anel, o relógio, mas deixa meu Manolo Blahnik!”.

Famosas brasileiras também não pisam em falso quando o assunto é… sapatos! A atriz Cláudia Raia, por exemplo, possui em seu armário mais de 400 pares. E a apresentadora Hebe Camargo também não resiste a um modelo novo, tem mais de 200.

Todas aos seus pés

Atualmente, além de Manolo Blahnik, compõem a lista dos designers mais cobiçados do mundo o canadense Patrick Cox, o sino-malásio Jimmy Choo e o italiano Sergio Rossi. As brasileiras também têm um produto made in Brazil para incluir na lista dos sonhos de consumo dos pés. A grife da carioca Constança Basto fez nome por aqui e conquistou Nova York, onde tem loja própria e espaço na sofisticada Henri Bendel, loja de departamentos na badalada Fifth Avenue. Nicole Kidman e Cameron Diaz são algumas das clientes estreladas, que se renderam aos sapatos cheios de estilos criados por Constança.

Conforto x prazer

A maioria das mulheres está sempre disposta a passar por algumas horas de sofrimento para não deixar de lado o sapato perfeito. Porém, há também quem preze por conforto. Até mesmo o antológico modelo Chanel, com calcanhar de fora e bico de cetim preto, criado em 1958, foi desenhado para usar elástico na tira acima do calcanhar e, assim, dispensar a fivela. Já o tênis, que de sensual não tem nada, era um calçado exclusivo de ricos que praticavam esportes.

Mas, se você é daquelas que não descem de um salto 12 por nada, uma verdade tem que ser dita: os sapatos baixos têm lá suas vantagens, e a mais importante é que eles preservam a saúde dos pés. Portanto, cuidado com as paixões avassaladoras!

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